sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

É dia extra do bissexto.

Já que hoje é um dia que só se repetirá (?) daqui a quatro anos, resolvi que postar alguma coisinha aqui seria bom. Fazer coisas incomuns em um dia incomum. Não que eu quisesse que postar aqui fosse algo incomum, mas regularidades não funcionam muito bem para mim.

Dando início ao rol de bizarrices do dia extra do ano bissexto, minha rasteirinha arrebentou às 7 e meia da manhã, no momento imediato em que eu desci do ônibus, rumo à aula de inglês preguiçosa das sextas madrugadoras. Foi até interessante passar uma manhã descalça na Savassi, atraindo olhares de todos os transeuntes, a maioria deles muito elegante, preparada para ter um dia cujo rumo tendia à uma direção diametralmente oposta à minha situação. Muitas pedras afiadas no caminho, muita fofoca, piadinhas e olhares desconfiados acolheram o meu desconforto, mas não achei que havia solução melhor do que empinar o nariz tanto quanto as madames do Pátio, fingir que estava propositalmente descalça e que essa era mais uma maneira de integrar-me à natureza, tal como as dietas à base de grãos e os banhos de lama medicinal. A minha tática não obteve muito sucesso nem evitou olhares das patricinhas, mas me valeu uma historinha pra contar. O telefone tocou bilhões de vezes agora e eu perdi a linha do raciocínio, então vou lavar a cabeça e ir pra faculdade. Prefiro nem imaginar as bizarrices que me aguardam na calourada.