Aula todo dia. Dia e tarde e noite. Inglês. Alemão. Mini-ONU. Santa Mundi. Comissão de formatura. Representação de turma. É coisa demais para se fazer, isso é fato. Quem escolheu assim, porém, fui eu. Então é assim que vai ser e eu vou dar conta de viver bem com isso. Se alguém diz que eu não consigo, eu consigo. Porque sou teimosa até comigo mesmo.
Essa enrolação toda para dizer que, mais uma vez, estive longe do blog. Esqueci a minha senha mais uma vez ou esqueci o login ou o Blogger endoidou, algo do tipo. O fato é que há algo preso aqui desde o final do Mini-ONU e eu não encontrei maneira melhor de expressar do que usurpando o texto de uma linda carta que o Marcolinho (
http://marcolinoo.blogspot.com/) escreveu para mim há 6 meses. Com a licença que ele me deu (e se não tivesse dado, postaria assim mesmo), aqui vai.
"É interessante o que o coração e a cabeça fazem com a gente. Às vezes parece que eles sabem das coisas mas não contam pra gente, só pra ver quê que a gente faz. Não faz muito sentido, eu sei... Mas é curioso... Ver os dois brincando, me colocando na roda, de bobo.
Quer um exemplo?
Já experimentou ficar longe de pessoas que você ama? Ou mesmo pensar na possibilidade... Parece que abre um buraco no coração, como se tivesse arrancado um pedaço fora, mesmo porque, na verdade, arrancou. Você sente aquela dor, aquela angústia, aquela saudade infindável.
Mas aí, numa oportunidade qualquer, você conversa com alguém. Uma conversa boa, longa, rara. E aquilo tudo some. Ou melhor, aparece. Aquele pedaço arrancado do coração. Tá lá de novo, você sente ele, quente como nunca.
E isso te faz pensar. Tirar a pessoa da vista, do alcance, não tira ela do coração. Se não eu ia sentir isso todo santo dia quando eu viesse pra casa.
O que quê muda? Muda o pensamento. Todo santo dia quando eu venho pra casa, eu tenho na cabeça que 'eu vou ver a pessoa amanhã'. Agora, quando eu fico longe dessa pessoa, eu tenho na cabeça que 'eu não vou ver ela amanhã'. Pensar na presença da pessoa me 'aproxima' dele. Pensar na ausência me afasta. E não só fisicamente. Daí o buraco no coração. Eu não tenho que pensar na presença ou na ausência de Fulano. Eu tenho que pensar é no Fulano.
Se você ama alguém, essa pessoa tá no seu coração. Se você pensa nela, você está próximo dela. Ela não vai sair do seu coração. Você não vai ficar longe dela. Nunca. Nunca.
A parte curiosa é que isso tudo te traz de volta ao ponto onde você começou: você já sabia disso tudo. Sabia que a amizade verdadeira dura. Sabia que quem se ama tá guardado no coração, pra sempre.
Sabia, sim. Mas o susto de ter que pôr essas certezas à prova te faz esquecê-las. Até você lembrar delas.
Agora... Vai me dizer que isso não são seu coração e sua cabeça fazendo hora com a sua cara...?"