segunda-feira, 30 de junho de 2008

em letras minúsculas.

de coração murcho, ela andava pelas ruas. estava assim porque não podia contar as estrelas e estava longe demais do mar para dizer se ele era mesmo salgado. uma vez, porém, ela esteve bem perto de descobrir a verdade sobre as coisas. encontrou um penhasco tão alto, mas tão alto que podia ter as estrelas nas mãos. mas teve medo de se queimar. o mesmo penhasco dava para o mar. mas, com medo de descobrir que o mar era doce, não pulou. teve medo de se afogar.

(o coração? murchou mais um pouco, até se assemelhar aos sacos de lixo que representam os pulmões nas embalagens de cigarro. se ela não tomar cuidado, vai morrer deste câncer, o medo)

3 comentários:

Anônimo disse...

Tem como não morrer disso um pouquinho por dia?
Até que enfim vc voltou! =)

Marcolino disse...

O que vale mesmo á a capacidade de ressurreição após cada um desses cânceres, porque, afinal, como disse aí a Carol, tem como não morrer disso um pouqinho todo dia?

A menina morreu ali no penhasco. Mas não é isso que importa. o que importa é como ela vai fazer pra ressucitar.

;+)

Anônimo disse...

eu gosdocê.
e falava com o bil sobre a pessoa ser o que ela escreve.
porém a maioria não escreve o que realmente é.
Essa camuflagem é um tanto falsa, e só o mundo das palavras desmascara, com maestria, deixando tudo em carne viva.
Então continua fazendo mais barulho de eco por aqui.
barulho de ego que vai, volta, uma hora estaciona.

gostei de você ter voltado e mais egouniversal.

Você vê a flor bem bonita porque a raiz sufocada na terra foi bem regada.

beijo.