quarta-feira, 17 de setembro de 2008

chuva de anti-tédio. pode?

será que tudo isso foi culpa do tédio? há pouco menos de duas horas reclamei. nadadediferenteacontecetododiaéomesmoeuquerosurpresas. não queria me liquefazer em tédio. já havia tomado por providência a leitura do roteiro de "um cão andaluz", para ver se eu criava um sonho acordada, na impossibilidade de dormir. quando a vaca mugiu no meu telefone, indicando que era hora de voltar ao dia que era o mesmo de todos os outros, parei de ler. fechei os sonhos no trecho "neste momento vai acontecer uma coisa extraordinária" e, em uma fusão do mundo de buñuel com o real, alguma coisa de diferente, em um dia que não era o mesmo, aconteceu. choveu. choveu granizo e muito. muito choveu granizo por muito tempo. o teto sem laje deixou que chovesse enquanto eu tentava ensinar, sem garganta - se em "mute" por causa da chuva ou por causa da noite anterior varada por "Rs" glotais, não sei - "Who are you?". quemévocêquecoréseucarro(amassado pela chuva)vocêéolulaquantosanosvocêtem quando o mundo cai na sua cabeça? "mãos ao alto!" e tudo te pega de assalto quando o que você mais quer é fugir da rotina.

3 comentários:

Anônimo disse...

O olho que explode com o gilete frio também é de vidro.

Caíque Pinheiro disse...

Eu vou reler e reler só pra fechar os olhos "neste momento vai acontecer uma coisa extraordinária"!

Marcolino disse...

ah, então a culpa foi sua..